Quarta-feira, 10 de Março de 2010
Informamos que hoje, dia 10 de Março de 2010, este é o nosso ultimo post.
A partir de agora teremos um outro blog com um outro tema.
Agradecemos todos os comentarios recebidos.
Mégane, Raquel e Vera, 9º C.
Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2010
Anita Paiva Marques (grávida) - 17 anos,
Doroteia Vladimirova Tocheva - 23 anos,
Maria do Rosário Ribeiro - 30 anos,
Cecília Maria Reis (Márcio Filipe) - 32 e 9 anos,
Ana Marques - 33 anos,
Ângela Maria - 36 anos,
Ana Luísa (João Diogo) - 46 e 26 anos,
Ana Manso - 51 anos,
Esmeralda Martins - 62 anos.
Aida - 70 anos.
Mulheres como todas as outras que tinham igual direito de viver, mas homens, humanos como nós todos, decidiram de outra maneira .
Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010
Não quis dar nome nem cara, certamente por medo ou vergonha, por isso vamos chamá-la Inês, esta mulher que sofreu mais de 20 anos de violência doméstica e quis partilhar a sua vivência para prevenir e ajudar outras mulheres no mesmo caso que ela . A violência física fez parte integrante da sua vida, mas é da violência psicológica que guarda mais marcas .
A história de Inês começou dum um namoro longo e feliz, 3 anos com um homem que pensava conhecer ao ponto de se casar com ele . Aí apercebeu-se de que o homem com quem pretendia passar o resto da sua vida era na verdade completamente diferente . "O comportamento mudou depois do casamento. Casei com uma pessoa diferente da que conheci", contou Inês .
As discussões mais sérias começaram cerca de um ano depois do casamento."Ele começou a sair e a beber. Só voltava a casa à noite. O dinheiro que me dava para as despesas era pouco – 30 euros por semana. E quando eu dizia que devíamos conversar ele insultava-me", desabafou.
Depois foi sempre piorando, o tom das ameaças subia, culminando com várias agressões físicas até que os seus filhos cresceram e Inês deixou de sofrer agressões físicas, embora as ameaças continuassem .
"Não me deixava ir a casa dos meus pais, nem trabalhar"
O isolamento da vítima faz parte da manipulação do agressor. Também no caso de Inês isto aconteceu: "Não me deixava ir a casa dos meus pais, nem falar com ninguém. E também não me deixava trabalhar fora, apesar de eu insistir várias vezes, porque o dinheiro era pouco. Dizia que mulher dele nunca devia trabalhar fora de casa".
Cada vez mais sozinha e, apesar do medo Inês fugia às escondidas para ir a casa dos pais, embora o regresso fosse sempre motivo para novas discussões e insultos que a deixaram algumas vezes à porta de casa.
Cansada de sofrer em silêncio, Inês apercebeu-se de que "O meu caso era tão ou mais grave que aqueles e eu pensava (...)", então decidiu-se e procurou o Janela Aberta, onde recebeu apoio psicológico e ajuda para receber o rendimento mínimo .Família e amigos ajudaram com o resto. "Com a minha idade tinha que ser, senão depois não conseguia arranjar emprego. Além disso, a médica de família alertou-me de que com a idade as agressões iam ficando piores. Decidi que não dava mais", completou.
"És um zero. Não vales nada"
"Se voltasse atrás faria diferente. Não me calava. Mas eu tinha vergonha dos vizinhos, porque com ele não se podia falar, ele respondia logo alto. Se fosse hoje dizia aquilo que sentia e podia ser que não chegasse ao ponto que chegou". É só nesse aspecto que Inês se arrepende. É que apesar de saber que a culpa não era sua, permitiu que a situação se arrastasse e cumpria as suas ordens: "Quando ele me proibia de sair eu não ia. Agora vejo que não devia ter vergonha. Sempre me portei como uma mulher casada, uma boa mãe e uma boa esposa" .
Isso demonstra plenamente que a violência doméstico pode manifestar-se de diversas maneiras, e pode não ser a violência física a mais marcante .
Apesar de esconder a situação havia vizinhos e pessoas da família que se apercebiam do problema. "Tinha pessoas que me diziam 'não sei como é que tu aturas'. Mas não queriam ser culpados da minha separação. Tinha que partir de mim" .
Das agressões físicas quase nem fala, mas expressões como "cala-te que és um zero" ou "tu não vales nada", entre outras mais graves que prefere não referir, estão-lhe gravadas na memória. "Para mim as agressões mais graves são as psicológicas, é algo que não se vê mas fica guardado, e os pesadelos…".
Começar uma nova vida
Inês dá agora os primeiros passos de uma nova vida. Para já as coisas não são fáceis, até porque não tem emprego certo, mas afirma ser "mais feliz".
Persiste, no entanto, o medo. Medo esse de encontrar alguém que volte a colocá-la nesta situação. Para já, diz, "acho que não arrisco. Estas marcas vão ficar para sempre".
Por isso o conselho que dá a quem está onde já esteve é simples: "Não fiquem caladas. Quando se sentirem ameaçadas desabafem com alguém. Guardar é o pior que pode acontecer. Guardamos e isso fica para sempre na nossa cabeça".
Não, a violência doméstica não é uma invenção, é uma REALIDADE, da qual sofrem milhões de pessoas todos os dias . Por isso sigam o exemplo da Inês, NÃO ESTEJAM CALADOS . Instituições como a "Janela Aberta" estão prontas a ajudar quem precisa .
Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2010
Segundo fontes, as denúncias de violência doméstica registadas pela PSP aumentaram 35 por cento devido à maior confiança das vítimas nas forças de segurança e à menor vergonha em expor casos do foro íntimo.
"Actualmente as vítimas de violência doméstica denunciam a agressão com mais facilidade, pelo que os números não representam um aumento de casos", (...)
Segundo os últimos dados da Polícia de Segurança Pública (PSP), o número de casos de violência doméstica tem subido nos últimos três anos, tendo sido registados 17.647 processos em 2008, mais 4.597 que no ano anterior.
Porém, no entender da oficial, "não há um aumento do crime, mas um maior número de denúncias resultante de um maior à-vontade das vítimas", na sua grande maioria mulheres entre os 20 e os 40 anos.
Aqui temos um gráfico que representa o aumento de casos divulgados :
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(Esta informação não é recente pois é referente ao ano 2007/2008, mas dá para ter uma ideia do aumento de casos registados.)
Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009
A violência doméstica é uma realidade da sociedade . Inúmeras mulheres são vítimas de violência doméstica no seu dia-a-dia, até mulheres que parecem ter vidas perfeitas . Cantoras e modelos como Rihanna e Danielle Lloyd foram agredidas pelos seus respectivos namorados .
Quarta-feira, 11 de Novembro de 2009
Violência Doméstica é a violência, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc . Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o parceiro .
Quarta-feira, 4 de Novembro de 2009
Música: Hana Pestle - Need .
Quarta-feira, 7 de Outubro de 2009
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os Direitos das Mulheres são :
1 - Direito à vida .
2 - Direito à liberdade e à segurança pessoal .
3 - Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação .
4 - Direito à liberdade de pensamento .
5 - Direito à informação e à educação .
6 - Direito à privacidade .
7 - Direito à saúde e à protecçao desta .
8 - Direito à construir relacionamento conjugal e a planejar a sua família .
9 - Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los .
10 - Direito aos benmefícios dp progresso científico .
11 - Direito à liberdade de reunião e participação política .
12 - Direito a não ser submetida a torturas e maltratos .
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009
Hoje criamos um blog cujo o tema principal é Os Direitos das Mulheres . Vamos referir como principal subtema :
- A violência doméstica ;
No segundo e terceiro periodo iremos mudar de tema .